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Tendências para o mercado de seguros em 2024

tendencias mercado de seguros

Índice

A Agger, como empresa especialista na gestão de dados do mercado de seguros, apresenta as tendências para o Mercado de Seguros em 2024. Dividimos nosso relatório em dois principais capítulos, sendo um sobre ramos de seguros que devem crescer além do auto e o impacto da tecnologia no setor de seguros que para a Agger representam as grandes tendências para o setor em 2024.

 

Além do Auto, descubra quais seguros irão crescer

 

Seguro saúde e vida

De acordo com dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNADC –  do IBGE, a população nacional está apresentando um constante envelhecimento. Em dez anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população  e a expectativa de vida dos brasileiros que nasceram em 2021 é de 77 anos, segundo o estudo Tábulas de Mortalidade publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação a 2020, a expectativa de vida aumentou em exatos 2 meses e 26 dias, quando registrou 76,8 anos em 2022. Parece pouco, mas ao longo do tempo isso significará um aumento significativo na expectativa de vida do brasileiro somado ao envelhecimento da população que pode indicar um aumento na venda de seguro saúde e seguro de vida. Por exemplo, o seguro de vida individual cresceu 348%, de R$ 4,7 bilhões para R$21,3 bilhões, entre 2010 e 2022, de acordo com Nilton Molina

Segundo o mesmo, esse aumento foi impulsionado pelas vendas geradas por corretores de seguros especialistas em vida e também pelos agentes autônomos de investimentos, que olham para a proteção do patrimônio familiar, palavras ditas no encontro no CVG-SP (Clube de Vida em Grupo em São Paulo). Molina ainda ressalta que é um desperdício o corretor de seguros tradicional, que oferta seguro auto, não ofertar esse tipo de seguro para sua carteira.

Em suma, não somente para 2024 mas também para os próximos anos, veremos uma crescente na procura por esse tipo de seguro.

 

Seguro condominial

As expectativas para o crescimento do setor em 2024 são ainda mais otimistas. Segundo dados do SindusCon-SP, é esperado um crescimento de 2,9% para a Construção Civil do Brasil ano que vem, o que demonstra um mercado aquecido e com muitas oportunidades. Com a inevitável verticalização das grandes cidades é esperado que a procura pelo seguro condominial também cresça. O seguro condominial foi um dos ramos com maior demanda no setor de seguros no início de 2023, tendo avançado tanto na arrecadação (+32,5%) quanto em indenizações pagas (+ 17,3%) segundo a CNSEG e a tendência é que esse número continue a aumentar em 2024.

 

Seguro cibernético e de cobertura de propriedade digital

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revela que em 2022 houve um aumento de 65,2% em estelionatos digitais na comparação ao ano anterior, passando de 120.470 para 200.322. E ainda, um levantamento do “FortiGuard Labs”, laboratório de inteligência e análise de ameaças da Fortinet, aponta que o país contabilizou, em 2022, 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, um aumento de 16% na comparação com o ano anterior. A digitalização cada vez mais intensa provoca um aumento de fraudes e roubos digitais, o que faz com que as pessoas busquem cada vez mais proteção contra essas fraudes. Um recente relatório divulgado pela IBM Security aponta que o custo médio de uma violação de dados em 2023 pode chegar a US$4,45 milhões (mais de R$22 milhões).

Segundo levantamento da Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão regulador desse mercado, os seguros contra riscos cibernéticos arrecadaram em prêmios (valor pago para ter direito à cobertura contratada da seguradora) uma quantia de R$ 98,12 milhões no primeiro semestre de 2023, cifra 27,2% superior ao mesmo período do ano passado.

Já o seguro de cobertura de propriedade digital visa a proteção de patrimônio digital, como às NTFs (siglas no inglês para token não fungível), por exemplo. O NTF trata-se de um criptoativo que comprova a propriedade de um item digital ou físico exclusivo, podendo ser imagem, vídeo, música, jogo. Pode servir como o recibo da autenticidade do domínio legal de obra de arte, ingressos para um evento, uma fração de imóvel no mundo físico ou um algum item no metaverso.

De acordo com previsão do Citibank, o metaverso representará uma oportunidade de capitalização de US$8 trilhões a US$13 trilhões até 2030. Acredita-se que os tokens não fungíveis assumirão o protagonismo na compra e venda dos itens digitais dentro do metaverso, portanto, será natural o aumento da procura desse tipo de seguro e a expansão da comercialização do mesmo.

 

Seguro paramétrico e residencial

Com as constantes revoluções climáticas às indenizações provocadas por eventos climáticos têm aumentado.  Apenas em 2022, a escala da participação dos eventos climáticos no volume de indenizações de seguros patrimoniais alcançou 50% do total de R$1,4 bilhão pagos no ano segundo a MJV em seu relatório de tendências do setor para 2024. Esse seguro é utilizado principalmente por produtores rurais que querem proteger sua produção agrícola e demais setores que têm sua produção afetada diretamente pelo clima. Vivemos em um país rico em recursos naturais, no entanto temos visto que a mudança climática juntamente com a má exploração do solo, baixos investimentos em infraestrutura e exploração incorreta de recursos têm sido responsáveis por mais e mais desastres no país, o que leva a possibilidade das seguradoras explorarem novos produtos nesse sentido uma vez que não somente os produtores rurais precisam de proteção.

Por exemplo, o seguro residencial tem ganhado tração entre os brasileiros. Levantamento realizado pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) mostra aumento de 25% no índice de penetração deste seguro entre 2017 e 2021. A participação, que era de 13,6% no primeiro ano da série histórica, saltou para 17%, o que representa 12,7 milhões de residências seguradas em todo país. No entanto,  de acordo com o estudo, apenas 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura de desmoronamento, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total. Isso requer ainda mais que o corretor de seguros se especialize em seguros desta natureza para explicar ao segurado os benefícios em contratar coberturas extras, principalmente se este mora em áreas de risco. Além do seguro, o segurado pode contar com serviços para sua residência como chaveiro, limpeza de telhas e caixa de água, entre vários outros, e o corretor de seguros é a figura mais preparada para mostrar ao cliente todas essas vantagens ao adquirir o seguro.

 

Microsseguros

Hoje o setor de seguros ainda não atinge a população de baixa renda. Na verdade, os dados ainda são mais alarmantes. De nove em dez brasileiros não têm seguro. Ou seja, mais de 176 milhões de brasileiros não estão cobertos por qualquer tipo de sinistro. Esse é o resultado da pesquisa da Prudential que contou com 1800 pessoas e foi realizada em 2022. Isso não significa que essas pessoas não dão valor ao seguro, somente que eles percebem que não há seguros pensados para eles. Nessa linha, entram os microsseguros pensados para pessoas de baixa renda e também micro empresários. Esses seguros são voltados para as dores de pessoas de baixa renda, são mais acessíveis e por isso podem também ser chamados de seguros inclusivos. Uma pessoa de baixa renda pode não ter um carro para segurar, mas tem sua vida que pode ser protegida não somente contra morte, mas acidente, invalidez e doenças também. Mais uma vez entra a figura do corretor de seguros como importante para mostrar ao cliente que um seguro de vida, por exemplo, não é somente pensado em caso de morte, mas em situações mais cotidianas, como doenças, por exemplo.

 

Embedded insurance ou Seguro integrado

O seguro integrado funciona colocando o seguro nas jornadas do cliente, oferecendo uma cobertura mais personalizada, acessível e relevante quando eles mais precisam. Esse seguro pode ser incorporado na jornada do cliente – na compra de um celular, por exemplo. Ou seja, esse tipo de seguro é vendido junto com o produto que será assegurado.

 

A tecnologia como aliada

 

Pix recorrente

O Banco Central em conjunto com a CNSEG vem trabalhando na implementação do pix recorrente para cobrança de seguros. Isso vem como um alívio para os corretores de seguros que se vêem em um cenário de cobrança constante dos boletos de seguros atrasados.

 

Open Insurance

Open Insurance refere-se ao conceito de sistema de seguros aberto, um tipo de negócio em que a oferta de serviços, funcionalidades e informações estão acessíveis a outras empresas.

Promovido também pelo Banco Central, o Open Insurance faz parte de uma agenda de inovações que começou com a implementação do PIX e evoluiu para o Open Banking (compartilhamento de dados bancários dos usuários entre instituições financeiras).

Basicamente o Open Insurance irá apoiar as seguradoras e também todo o ecossistema que se cerca, como as corretoras de seguros, por exemplo. O principal atributo será o compartilhamento de informações promovendo maior análise e transparência dos dados, além da diminuição da burocracia. O setor de seguros pode vislumbrar o surgimento de novas startups e ainda mais digitalização por parte das seguradoras e todo o seu ecossistema.

A Susep incluiu na Resolução CNSP 450/22 a figura do corretor de seguros dentro deste cenário. Isso não significa que mesmo com a permanência da figura do corretor de seguros, não seja necessário que este se adapte ao novo cenário.

 

Real Digital

Com planos para lançamento em 2024, a versão digital do real possui lastro ao contrário das criptomoedas e promete impactar o setor de seguros quanto à versatilidade. Ao invés do tradicional seguro veicular anual, seguros diários ou de acordo com o uso poderão ser ofertados com um rápido processo de contratação e pagamento. Além disso, com o Real Digital o pagamento, tanto do prêmio quanto do sinistro, poderá ser automático e respeitando as regras e coberturas previstas no contrato. 

 

Uso da IA (Inteligência Artificial)

Com o uso da inteligência artificial e o Open Insurance, será possível que as seguradoras consigam fazer cálculos ainda mais precisos de seguros, e com isso, os preços tendem a mudar bastante de pessoa para pessoa e terá como base diversos parâmetros e não somente os dados básicos que hoje são analisados como idade, local de pernoite de veículo, etc. A IA poderá trazer inclusive previsibilidade de sinistralidade, por exemplo.Além disso, a IA pode ajudar o corretor de seguros em diversos aspectos, como por exemplo, pesquisa, análise,contratação e atendimento ao cliente. Mas vale lembrar que a IA ajuda o ser humano, mas não o substitui, pois questões como empatia, humanidade, ética e criatividade são exclusivas dos seres humanos e que a máquina não é capaz de simular. Portanto, a IA poderá ajudar o corretor de seguros a ter mais produtividade, maior eficiência e também maior competitividade.

 

Conclusão

Vimos que o setor de seguros continua a crescer, uma vez que é um setor que cresce junto com a economia, ou seja, quanto mais carros são comprados, mais casas são fabricadas, assim como demais patrimônios, mais seguros precisarão ser contratados. Portanto, o crescimento da corretora de seguros ou da importância do papel do corretor de seguros está no entendimento da verticalização no oferecimento de diferentes ramos de seguros, estando esse cada vez mais especialista e preparado para ofertar seguros diferentes para a mesma carteira de cliente. O gestor da Agger já está preparado para esse futuro, afinal, é o Gestor para Corretora de Seguros que mais atende diferentes ramos, sendo ao total 14. A Agger trabalha constantemente para a inclusão de novos ramos de acordo com a necessidade do setor de seguros.

Além disso, vimos que a digitalização dentro do setor de seguros é algo que já se faz presente, mas ainda há muito o que oferecer no que tange inovação. O corretor de seguros da nova era precisa se familiarizar com o uso da tecnologia, caso contrário se tornará obsoleto.

Gostou dessas dicas? Então não deixe de acompanhar o Blog Agger que está sempre atualizado com dicas para você corretor de seguros.

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Redação Agger

Há 30 anos no mercado, a Agger, parceira de corretores com a maior plataforma de gestão e cotações de seguros do Brasil, é uma empresa líder em número de clientes e em geração e análise de dados de seguros. A empresa, que está presente em 95% dos municípios brasileiros, oferece a melhor combinação de soluções para conectar corretores, segurados e seguradoras e está transformando a distribuição de seguros no Brasil. Por meio da Plataforma Agger, que atende um terço dos corretores ativos no Brasil, possui mais de 13 mil clientes e uma base de mais de 62 mil usuários, realizando mensalmente mais de 48 milhões de cotações de seguros. Além disso, a empresa atua em 14 ramos de seguros e 36 seguradoras credenciadas.

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